Denise Tremura, uma influenciadora de esquerda conhecida por seu apoio à esquerda, fez uma revelação surpreendente durante uma sessão no Spaces do Twitter/X na noite da última segunda-feira (10). Ela admitiu que, durante as eleições de 2022, a esquerda participou de um esquema de disseminação de fake news contra os opositores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
Em um vídeo compartilhado pelo portal independente The Incorrupt, Denise afirmou que Lula deveria “meter um Janones” na Secretaria de Comunicação Social, referindo-se ao deputado federal André Janones (Avante-MG), que teria comandado a campanha digital de Lula no segundo turno das eleições. Segundo Denise, Janones era a principal fonte de orientação sobre o que deveria ser disseminado nas redes sociais.
Influenciadora de esquerda divulgação de fake news contra Jair Bolsonaro
Denise confessou que a estratégia envolvia a divulgação de fake news sobre o então presidente Jair Bolsonaro (PL) para que os apoiadores de Bolsonaro gastassem tempo desmentindo essas informações, em vez de promover sua própria agenda. Ela tentou justificar essa tática, alegando que as “informações” sobre Bolsonaro “não eram necessariamente falsas”.
“Aí, os bolsonaristas não tinham tempo de espalhar fake news porque eles estavam ocupados desmentindo as nossas fake news. É isso que tem que acontecer,” disse Denise durante a sessão no Spaces.
Denise Tremura, ex-colunista do UOL, ficou conhecida no Twitter/X por suas campanhas de “segue de volta”. Durante as eleições de 2022, ela ajudou a promover hashtags contra Bolsonaro, incluindo uma que insinuava que o ex-presidente era “pervertido e pedófilo”, uma acusação que ganhou grande repercussão após ser compartilhada pelo perfil de fofocas Choquei, da Mynd8.
Denise faz parte do coletivo “Militância Raiz”, junto com Thiago dos Reis, outro influenciador petista que também esteve envolvido na disseminação de fake news sobre Bolsonaro. O coletivo se apresenta como uma iniciativa para “organizar a esquerda para o enfrentamento geopolítico via redes sociais” e coordena grupos de WhatsApp para disseminação de informações em tempo real.
Recentemente, senadores da oposição ao governo de Lula protocolaram pedidos na Justiça para responsabilizar Thiago dos Reis, apontado como um dos membros do “gabinete da ousadia”. Há suspeitas de que o coletivo seja comandado por Paulo Pimenta, o atual ministro extraordinário do Rio Grande do Sul, que anteriormente chefiava a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).
