Deltan Dallagnol diz que foi punido por criticar o STF
Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

Deltan Dallagnol diz que foi punido por criticar o STF

Em um evento na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (21), comemorando os 10 anos da Operação Lava Jato, o ex-deputado

Em um evento na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (21), comemorando os 10 anos da Operação Lava Jato, o ex-deputado Deltan Dallagnol afirmou que sua cassação no ano passado foi resultado de suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes.

A cassação de Dallagnol ocorreu após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatar uma ação movida pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) e pela Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB e PV). A ação alegava que Dallagnol havia solicitado exoneração do cargo de procurador da República enquanto ainda havia sindicâncias pendentes sobre sua conduta na Lava Jato.

Deltan Dallagnol alega que punição veio depois de críticas ao STF

“Fui punido como membro do Ministério Público Federal por ter cometido o grave crime de criticar o Supremo Tribunal Federal. Fiz isso com elegância e sem quebrar o decoro […] Além disso, respondi a um inquérito por ter feito críticas, sob imunidade parlamentar, à decisão que me cassou. Fui cassado por um ministro delatado, com base em futurologia”, declarou Dallagnol durante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Dallagnol também destacou os resultados da Lava Jato ao longo dos anos. “Foram mais de 100 denúncias contra mais de 500 pessoas, resultando em mais de 250 condenações somando mais de 2.500 anos de prisão. Recuperamos mais de R$ 15 bilhões, que, com as multas da Receita Federal, ultrapassaram R$ 25 bilhões”, afirmou o ex-deputado.

A audiência também contou com a participação do advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, um crítico da Lava Jato. Ele descreveu a operação como um “projeto de poder político coordenado por um juiz [Sergio Moro] que orquestrava procuradores da República para instrumentalizar o Ministério Público”.

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