O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), está em busca de apoio internacional para a sua proposta de taxação dos “super-ricos”, uma ideia que tem promovido em diversos fóruns globais nos últimos meses.

Nesta segunda-feira (3), o ministro viajará para o Vaticano, em Roma, onde se encontrará com o papa Francisco. O ministro espera obter o apoio do pontífice para a sua iniciativa de taxar os multimilionários. Além da questão da taxação, o petista discutirá com o papa Francisco a crise climática, com foco na recente tragédia no Rio Grande do Sul, e a crise da dívida enfrentada pelos países do Sul Global.

No final do ano passado, o Congresso Nacional aprovou uma nova legislação que alterou as regras de tributação para aplicações financeiras mantidas por brasileiros no exterior e instituiu a cobrança do chamado “come-cotas” para fundos exclusivos.

Haddad está seguindo proposta de taxação dos super-ricos do G20

A proposta de taxação internacional defendida pelo Brasil está sendo discutida no âmbito do G20, um grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, juntamente com a União Europeia e a União Africana. Países como França, Espanha, Alemanha e África do Sul já manifestaram apoio à proposta, que prevê que os multimilionários paguem anualmente impostos equivalentes a pelo menos 2% de sua riqueza total.