Presidente da Conab anunciou a anulação do leilão de arroz importado após parlamentares levantarem indícios de fraudes.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Governo anula leilão de arroz após suspeitas de fraude

Presidente da Conab anunciou a anulação do leilão de arroz importado após parlamentares levantarem indícios de fraudes.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou nesta terça-feira (11) a anulação do leilão de arroz importado. A decisão foi tomada após a descoberta de que empresas sem histórico no mercado de arroz venceram o processo. O leilão havia resultado na aquisição de 263 mil toneladas do grão.

Conab já fala em novo leilão de arroz

Pretto explicou que um novo leilão será realizado para assegurar a participação de empresas com comprovada capacidade técnica e financeira. “Pretendemos realizar um novo leilão, possivelmente com modelos diferentes, para garantir que contratemos empresas com a capacidade necessária”, declarou Pretto no Palácio do Planalto.

A decisão de importar arroz foi tomada poucos dias após o início das enchentes no Rio Grande do Sul, que responde por 70% da produção nacional do grão. Embora 80% da colheita já tivesse sido realizada antes das chuvas, as enchentes afetaram gravemente a logística e o transporte do cereal para outras partes do país.

No último final de semana, a Conab exigiu que as quatro empresas vencedoras do leilão comprovassem sua capacidade técnica e financeira para intermediar a compra, que custou R$ 1,3 bilhão ao governo. “Transparência e segurança jurídica são princípios inegociáveis, e a Conab está comprometida em garantir esses valores nessa grande operação”, afirmou Pretto.

A empresa que arrematou a maior quantidade de lotes é registrada no CNPJ como “comércio atacadista de leite e laticínios”. Localizada em Macapá (AP), essa mercearia receberia R$ 736,3 milhões para importar 147,3 mil toneladas de arroz. Outra empresa, do setor agrícola, foi autorizada a vender 73,8 mil toneladas por R$ 368,9 milhões.

Uma locadora de veículos e máquinas, que já possui experiência em leilões do governo federal, obteve o contrato para fornecer 22,5 mil toneladas por R$ 112,5 milhões. A última empresa, registrada como fabricante de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes, e situada em Tatuí (SP), receberia R$ 98,7 milhões para repassar 19,7 mil toneladas de arroz ao governo.

A anulação do leilão visa garantir a participação de empresas adequadas e a correta execução dos contratos. Pretto destacou que um novo leilão será realizado em breve, com critérios mais rigorosos para assegurar a transparência e eficiência do processo.

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